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Mostrando postagens de setembro, 2025

Inês Paz: oposição firme e compromisso com Mogi das Cruzes

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A trajetória de Inês Paz (PSOL) em Mogi das Cruzes é marcada por uma coerência rara: a combinação entre a firmeza da oposição aguerrida e a dedicação incansável às políticas públicas que transformam a vida das pessoas. Seu mandato se distingue pelo posicionamento crítico e duro diante de ações do governo que contrariam os princípios democráticos e o programa do PSOL. Mas, ao mesmo tempo, Inês nunca deixou de colocar a cidade em primeiro lugar. Há mais de três décadas, Inês é referência democrática e popular em Mogi. Com mandato ou sem mandato, sua militância pela justiça social, pelos direitos humanos, pela educação pública de qualidade, pela defesa das mulheres e pela luta socialista segue inabalável. Sua presença é memória viva de que a política não é apenas ocupação institucional, mas vocação de serviço coletivo. O gesto recente, ao lado da prefeita Mara Bertaiolli (PL) na cerimônia de assinatura das reformas em 16 UBSs do município, traduz essa maturidade política. Sem abrir mã...

O “quiz” de Netanyahu e a doença da humanidade!

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Na tribuna da Assembleia Geral da ONU, Netanyahu ergueu um cartaz em forma de “quiz” e perguntou quem grita “Morte à América”. A cena, que parecia jogo de auditório, não escondia sua verdadeira intenção: transformar slogans da resistência em caricatura, simplificar décadas de história em uma resposta de múltipla escolha, fingir que o mundo pode ser dividido entre os que aceitam o império e os que, por ousarem resistir, devem ser punidos como terroristas. Esse gesto revela, mais do que força, a fraqueza. Pois quando um governante precisa recorrer à infantilização do debate para sustentar seu discurso, é sinal de que carece de legitimidade e que sua narrativa não se sustenta sem o recurso ao medo. Ao citar o slogan, Netanyahu não explica a sua origem, não fala do colonialismo, das sanções, das ocupações, dos golpes que os Estados Unidos patrocinaram. Prefere ocultar que esse grito, ainda que duro e muitas vezes manipulado, nasceu como voz contra a dominação, como resposta ao saque, com...

O Fio da História e o Limiar do Novo Tempo

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Se os meios de produção fossem apenas máquinas, fábricas e escritórios, poderíamos tratá-los como objetos a mais na galeria do mundo. Mas não: eles são a própria memória material da humanidade. Cada engrenagem contém séculos de suor, cada linha de código resume noites insones de pesquisa, cada arado e cada servidor carregam as mãos invisíveis de milhões de trabalhadores. Apropriá-los como propriedade privada é empobrecer a história. Eles pertencem ao coletivo, não por decreto, mas por essência: são frutos da vida comum. A política, nesse quadro, não é mero arranjo de interesses, mas arte e ciência. Arte, porque dá expressão aos sonhos humanos; ciência, porque tenta compreender a natureza do homem e da sociedade. E, se é arte e ciência, é também teleologia: trabalha para que o fim aconteça, isto é, para que os valores e os sujeitos de direito não fiquem apenas em papéis, mas caminhem, respirem e moldem o tempo. É nesse ponto que surgem as forças. As internas — o pão, a moradia, o tr...

O veneno suave da notícia patrocinada

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Há coisas que parecem pequenas, passageiras, quase invisíveis. Uma matéria de jornal, por exemplo. Ninguém se detém muito: lê-se no intervalo do café, comenta-se na rede social, esquece-se depois. Mas, às vezes, nessas pequenas coisas mora o destino de um país. Foi assim quando li a matéria paga da Bloomberg sobre a Eletrobras. Dizia o texto, em tom solene: “A maior concessionária de energia elétrica da América do Sul se espalha pelo Brasil (...). Assim como o país que ajudou a criar, a Eletrobras deveria ser uma potência econômica.” Parecia elogio, mas era veneno. Pois não foi a Eletrobras que criou o Brasil — foi o Brasil, por meio do Estado, que criou a Eletrobras em 1962. Ali, no limiar da história, um país ousava afirmar sua soberania, erguer empresas próprias, sonhar com desenvolvimento. E dois anos depois, em 1964, veio o golpe militar patrocinado pelos Estados Unidos, para conter o excesso de ousadia de um povo que queria andar com as próprias pernas. Décadas mais tarde, a ...

A Importância da Parentalidade e do Desenvolvimento Infantil

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Convite para a Live: Como fortalecer vínculos e lidar com comportamentos difíceis na infância No próximo dia 22 de setembro, às 19h30 , acontecerá uma live especial sobre Parentalidade e Desenvolvimento Infantil , transmitida gratuitamente pelo canal @PsicoEducareAcolher no YouTube. O encontro será conduzido pelas psicólogas Stefany Montagner (CRP 06/199657) e Ananda Bolson B. Lopes (CRP 06/220204) , profissionais comprometidas com o acolhimento, a educação e o fortalecimento das relações familiares. Por que este tema é tão relevante? Educar uma criança é uma das tarefas mais desafiadoras e, ao mesmo tempo, mais transformadoras da vida humana. No entanto, a parentalidade não vem com manual: diante de situações como birras, dificuldades de convivência ou comportamentos desafiadores, pais e responsáveis muitas vezes se sentem perdidos, sobrecarregados e até mesmo culpados. O encontro se propõe a oferecer ferramentas práticas e fundamentadas na Psicologia Comportamental , capaze...

Vento novo para a segurança pública: da defesa social e prevenção da violência à “Universidade da GCM”.

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A notícia de que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, pretende criar uma “Universidade da Guarda Civil Metropolitana” abre espaço para um debate urgente sobre os rumos da segurança pública no Brasil. A medida, ainda que parta de um governo conservador, pode significar mais do que um gesto administrativo: pode sinalizar a abertura de um campo de disputas e de possibilidades para uma política de segurança pública integrada, cidadã e fundamentada em direitos humanos. É importante lembrar que a primeira Secretaria de Defesa Social e Prevenção à Violência do Brasil foi criada em Suzano (SP) pelo então prefeito Marcelo Cândido, do Partido dos Trabalhadores. Naquele momento, buscava-se uma política inovadora, que deslocasse o eixo da segurança pública do patrimonialismo colonial — sempre voltado à proteção da ordem e da propriedade — para uma perspectiva de defesa de direitos e convivência democrática . Infelizmente, ao longo dos anos, essa chama foi sendo apagada e o campo perdeu seu...

Manifesto em Defesa da Democracia, Contra a Violência Política de Gênero e em Apoio à Vereadora Inês Paz

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O parlamento brasileiro é amplo, diverso e vital. Com seus três níveis de governo, composição federativa e representatividade popular, estende-se por todo o território de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, enraizado em seus 5.569 municípios, 26 estados e um distrito federal. É nesse espaço, fruto da luta histórica por cidadania e justiça social, que o povo exerce, ainda que de modo desigual e tensionado, o direito de fazer valer sua voz. O parlamento é o mecanismo vivo da democracia . Ali se molda, no tempo e na história, o destino da nação. Quando atacado em sua essência, todos nós somos atacados; e a própria história corre o risco de autodestruição. Isso ocorre quando a humanidade diversa que compõe o parlamento é ofendida em seu maior patrimônio: o decoro , que sustenta a dignidade de seus membros e a legitimidade da representação popular. Na cidade de Mogi das Cruzes , assistimos nascer um germe perigoso da negação da vida democrática. Durante sessão da Câmara Municipal, o v...

O Aprendizado Fraturado da Humanidade

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Há épocas em que a humanidade parece subir uma ladeira, lenta mas constante, levando nas costas a promessa de que o saber se acumula e se expande como o curso natural de um rio. Essa foi, por muito tempo, a fé oculta de quem acreditou no progresso, na ciência, na pedagogia: cada geração herdaria o fogo e acrescentaria sua centelha, até que, um dia, todos veriam a luz. Mas estamos numa época diferente. Aqui, o rio se partiu em mil afluentes que não convergem; aqui, a ladeira virou abismo. O aprendizado da humanidade, que parecia linha ascendente, mostra-se fraturado, estilhaçado em contradições profundas. De um lado, criamos inteligências artificiais que traduzem em segundos o que antes exigia vidas inteiras de estudo. Do outro, multiplicam-se os que acreditam que a Terra é plana, que vacinas matam, que ditaduras são saudáveis. O século XXI é, ao mesmo tempo, o da biotecnologia sofisticada e da superstição primitiva. O fascismo, que parecia ter sido derrotado pela memória dos camp...