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Mostrando postagens de julho 19, 2025

Mogi pela Palestina: Quando a Dignidade Rompe o Cerco

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Por PPPlebeu – Vozes do Comum Há gestos que não cabem no cálculo do possível, mas que se tornam necessários pela urgência da História. Foi isso que aconteceu no ato organizado pelo coletivo Mogi pela Palestina , neste território onde o conservadorismo tenta erguer muros contra a solidariedade internacional e a crítica. Em plena praça, no coração de uma cidade acostumada ao silêncio obediente, vozes se levantaram para dizer o óbvio: está em curso um genocídio, e o Estado de Israel é seu agente principal. Não há como disfarçar a barbárie com retórica diplomática. Não há como fingir neutralidade diante da morte em massa. Um ato de vanguarda no deserto simbólico Mogi das Cruzes não é Tel Aviv, nem Ramallah. Mas a geopolítica da injustiça atravessa cada rua, cada esquina. Quando Gaza é bombardeada, a lógica do massacre reverbera aqui, na militarização das periferias, na repressão contra a juventude preta, na destruição...

Participação Popular: Da Condição Humana ao Instrumento de Transformação Social

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Por que falar de participação popular? Essa é uma pergunta que ganha cada vez mais relevância em tempos de crises políticas, sociais e ambientais. Quando se debate o futuro da democracia, a justiça social ou o acesso aos bens comuns, a participação das pessoas não é apenas desejável — ela é fundamental. A participação como condição natural e histórica Desde os primórdios da humanidade, a vida em sociedade sempre implicou algum tipo de participação coletiva. O ser humano, como já dizia Aristóteles, é um ser político por natureza. Isso significa que viver em grupo, cooperar, disputar ideias e construir acordos são práticas que nos acompanham desde as primeiras formas de organização social. Seja em pequenas comunidades ou em grandes cidades, nada se constrói ou permanece sem o envolvimento das pessoas. Toda organização — pública ou privada, civil ou militar, religiosa ou laica, científica ou tradicional — depende da participação ativa ou passiva de indivíduos e coletivos. Cada pro...

Quando a cidade vira as costas para a mata

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Mogi das Cruzes é uma cidade que cresce. Condomínios surgem, bairros se expandem, asfalto chega. Mas a pergunta é: cresce pra onde e pra quem? E a natureza, cresce junto? Na Estrada Rikio Suenaga , região de chácaras, condomínios e mata atlântica remanescente, o que deveria ser um território de cuidado e proteção virou depósito de lixo. Entulho, sacolas, restos de construção e até resíduos domésticos estão sendo despejados às margens da estrada e, pior, dentro das nascentes que abastecem córregos da cidade. A cada saco preto jogado no mato, uma ferida se abre na terra. A denúncia foi feita in loco, com registros em fotos e vídeos, mostrando o que muitos preferem não ver. Porque é mais fácil não ver. Mas não ver não resolve. Esse cenário é estratégico para Mogi das Cruzes. Estamos falando de um dos últimos corredores ecológicos da cidade, onde o verde resiste à pressão da urbanização descontrolada. Onde a água nasce, onde o solo respira. Deixar esse espaço ser destruído é u...