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Mostrando postagens de outubro 8, 2025

A Centralidade Humana na Nova Economia do Ser

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Vivemos um tempo em que o humano, ao multiplicar suas criações, arriscou perder a si mesmo. A economia, que deveria ser a arte de cuidar da casa comum, tornou-se máquina autônoma, insensível, guiada pelo cálculo e pela abstração. A ciência, que nasceu do espanto, curva-se cada vez mais à eficácia, e a cultura, que deveria servir à comunhão dos sentidos, é capturada pelo mercado das identidades e pela estetização do consumo. Nesse cenário, o humano parece dissolver-se naquilo que produz — e quanto mais domina o mundo, menos o habita. Por isso, é urgente recuperar um princípio primeiro e último: nenhuma economia, ciência ou cultura tem sentido se não colocar a pessoa humana — em sua totalidade sensível, histórica e criadora — no centro e no fim de sua ação. E talvez, para restaurar esse centro, seja preciso também recuperar a irreverência , essa faísca rebelde que faz o espírito não aceitar a ordem do absurdo. É dela que brota a consciência viva, e é nela que o humano reencontra sua mora...