A costura da ilusão: o uniforme como remendo de má gestão
“Governar não é distribuir pano. É tecer dignidade com o fio do povo.”  — Ppplebeu, linha torta da história.   Em Mogi das Cruzes, a prefeita subiu ao palco e anunciou, com a leveza de quem distribui bênçãos, que os uniformes escolares chegarão até o final do ano . A plateia aplaudiu. A imprensa registrou. A política seguiu seu teatro. Mas aqui no ppplebeu , a gente não aplaude antes de fazer a costura crítica.   Uniforme no fim do ano não é política pública. É disfarce. É remendo.   O uniforme escolar deveria ser um símbolo de dignidade para o início do ano letivo. Chegar antes da aula, não depois da nota. Acolher o estudante no começo da caminhada, não vesti-lo para a festa de encerramento. Mas em Mogi, a promessa tardia foi dita como se fosse virtude, como se não houvesse erro nenhum em deixar os alunos dez meses  sem aquilo que foi prometido — e orçado — no papel.   A verdade é simples: não se pode vestir a dignidade com pano entregue fora de tempo .   Essa história toda escancara ...