"Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível"
"Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível"   Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua  tese de mestrado da "invisibilidade pública". Ele comprovou que, em  geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não  está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social   Plinio Delphino, Diário de São Paulo    O psicólogo social  Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari,  varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao  olhar da maioria, os trabalhadores braçais são "seres invisíveis, sem  nome".    Em sua tese de  mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da "invisibilidade  pública", ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e  condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a  função e não a pessoa.    Braga trabalhava  apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os  colegas de vassoura, ...