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Mostrando postagens de outubro 3, 2025

O Óbvio, quem decide, decide a vida, estabelece o rumo.

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Vivemos um tempo em que o capitalismo se esgotou. Cada vez que parece atingir sua forma mais sofisticada de dominação, revela o contrário: não amadurecimento, mas destruição; não progresso, mas guerra; não liberdade, mas usurpação. Os monopólios privados que se erguem como símbolos de poder não se contentam em acumular riquezas; precisam se apropriar de espaços de circulação, capturar os meios de comunicação, violentar as periferias do mundo e recomeçar sempre o mesmo ciclo: devastam, concentram, repartem entre si as sobras e recompõem uma minoria privilegiada, renovada dentro de uma elite conservadora e predatória. Hoje, o poder não se manifesta apenas no controle da fábrica ou da terra, mas sobretudo no domínio da circulação. Quem controla a ponte controla o destino. Quem decide o trânsito decide também a vida. Mas o monopólio não se mantém sozinho. Ele sobrevive porque é capaz de produzir consenso, porque sabe persuadir, porque se apoia em instrumentos de propaganda e construção d...