O Capital — O Santo, o Demônio e o Cambista
Há quem acredite que o capital é só dinheiro. Iludidos. O capital é mais esperto do que isso. É coisa viva, cheia de artimanhas. Tem forma de loja, de aplicativo, de banco, de fábrica, de cartão, de dívida, de promessa, de desejo e, veja bem, até de sonho.
O
capital não é só o que você guarda — ou o que nunca conseguiu guardar. Ele é,
sobretudo, o que te move ou o que te paralisa.
O
Capital Move o Mundo… De Quem?
Sim,
ele move. Faz cidade brotar onde era mato. Faz prédio crescer onde morava
gente. Faz ponte, estrada, hospital, mas também faz muro, cancela e cerca
elétrica.
Ele
mobiliza. Acelera. Conecta. Mas pergunta-se: mobiliza pra quem e pra quê?
Se
você é dono dos meios, o capital vira turbina. Se não é, ele vira coleira. Ou
tornozeleira. Ou boleto — o novo catecismo da modernidade.
Entre
o Milagre e o Golpe
O
capital é aquele tipo de truque que te vende esperança enquanto te cobra
aluguel. Diz: “Trabalha, estuda, se esforça” — e, quem sabe, um dia você sobe a
escada. Mas ninguém te conta que a escada tá na esteira rolante — e rolando pra
trás.
E,
no entanto, não sejamos ingênuos: é com ele também que muita quebrada levanta
seus comércios, suas cooperativas, suas moedas locais, seus corres legítimos. O
capital, quando sequestrado das garras do mercado, vira ferramenta de
autonomia.
O
Capital Não é Deus. Nem Demônio. É Relação.
Isso
aqui não é sermão nem aula chata de economia. É só um alerta plebeu: o capital
é bicho travesso.
- Na
mão do banqueiro, é chicote.
- Na
mão do político vendido, é algema dourada.
- Na
mão do trabalhador organizado, vira enxada, microfone, página de jornal,
moeda comunitária, centro cultural, cooperativa e até revolução.
Capital
não é só cifra. É poder. E o poder, como bem sabem os plebeus, ou serve ou
oprime. E quando não serve… a gente subverte.
Se
Não Nos Deixam Sonhar, Nós Organizamos o Despertar
Dizem
que “dinheiro não traz felicidade”. Verdade. Mas sem ele, nem o boteco abre,
nem o corre gira, nem o protesto tem carro de som.
Por
isso, que fique claro: nossa luta não é contra o dinheiro. É contra quem
sequestra tudo e ainda vem nos vender esmola disfarçada de oportunidade.
Se
o capital é ferramenta, que seja nossa. Se é jogo, que joguemos com nossas
regras. Se é poder, que ele sirva ao povo — e não o contrário.
Palavra
Final (Por enquanto...)
“Quem
não tem capital, caça com estratégia, com afeto e com rebeldia.”
Aqui,
no P’Plebeu, seguimos irreverentes. Pensando, rindo, tramando e, sobretudo,
acreditando que ninguém pode ser livre enquanto tudo for mercadoria — nem
gente, nem tempo, nem vida.
Porque
se é pra mobilizar, que seja pra derrubar os muros e levantar pontes.
Tem
Luta!!
Sigamos!!
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