Privatização em Suzano e São Paulo: Uma Ameaça aos Direitos, à Política Pública e à Democracia
O momento que vivemos exige a defesa enfática dos direitos civis e do direito à saúde pública, pilares de uma sociedade justa e democrática. No entanto, em São Paulo, sob a liderança do governador Tarcísio de Freitas, testemunhamos um movimento preocupante de liquidação do patrimônio público que ameaça esses direitos fundamentais. A recente privatização da SABESP e das linhas de metrô, e agora a proposta de venda de escolas públicas, caminham na contramão do que aprendemos com a experiência internacional e o próprio desenvolvimento dos países que reverteram essas políticas após resultados desastrosos.
O
que está em jogo é muito mais do que apenas infraestrutura e números
econômicos; é o futuro do acesso universal aos serviços essenciais. A
privatização de serviços estratégicos e básicos, como a água e o transporte, já
mostrou, em diversos países, seu custo social elevado: tarifas inacessíveis,
diminuição da qualidade dos serviços e a exclusão das populações mais
vulneráveis.
Porém,
mais alarmante que as ações do governo é a forma como parte da mídia as
retrata. O recente editorial do Gazeta Popular se apresenta como um
exemplo de jornalismo chapa-branca, incapaz de oferecer uma crítica séria ou
uma análise investigativa sobre as implicações dessas políticas. Ao invés
disso, exalta as ações do governador de forma acrítica, desviando o foco da
real discussão sobre os perigos que essas privatizações representam para a
saúde pública e o patrimônio dos paulistas e brasileiros.
O
Gazeta Popular escolheu ignorar o contraditório, aquele elemento
fundamental do jornalismo que traz equilíbrio ao debate e fortalece a
democracia. Elogiar a destinação de R$ 600 milhões para a construção de
hospitais, fruto de um pregão de serviços lotéricos, pode parecer, à primeira
vista, uma vitória para o povo. Mas precisamos perguntar: a que custo? Essa
injeção de capital é sustentada pela venda do patrimônio coletivo, o que
compromete o controle público de serviços essenciais e alimenta um modelo de
gestão que privilegia resultados imediatos em detrimento da sustentabilidade e
do bem-estar da população a longo prazo.
A
resistência de professores e setores organizados da sociedade demonstra que
ainda há esperança e consciência cívica em defesa do interesse público. Esse
movimento deve ser fortalecido e amplificado, e cabe à imprensa, enquanto pilar
da democracia, fazer sua parte: informar, questionar e investigar. A crítica
não deve ser silenciada em nome da conveniência política, especialmente quando
os direitos e o futuro da população estão em jogo.
Portanto,
é nosso dever, enquanto sociedade, nos posicionarmos contra a privatização
desenfreada e exigir um jornalismo que não se curva aos interesses do poder,
mas sim à verdade e ao compromisso com a democracia. Que estejamos atentos e
que a voz crítica ecoe cada vez mais forte, defendendo nossos direitos e
lutando pelo que é de todos: saúde, educação e dignidade.
Tem
Luta!
Sigamos!
Comentários