Resposta ao Editorial: A Importância da Crítica e da Resistência Democrática
No período pós-eleitoral, em que a derrota de nosso coletivo de esquerda é usada como argumento para desacreditar e desqualificar o trabalho de oposição, sentimos a necessidade de responder ao editorial publicado pelo jornal Gazeta Popular, assinado por Brás Santos. Mais do que uma crítica pontual, o editorial de Santos busca, com tom imperativo, rebaixar nossa postura crítica, pedindo que “baixemos a bola” e aceitemos “a inteligência do povo e da imprensa” como verdades inquestionáveis. Nosso compromisso com Suzano e com a democracia exige que respondamos a essas tentativas de silenciamento.
É
importante lembrar que enfrentamos, ao longo do processo eleitoral, forças
poderosas — o uso da máquina pública, o poder econômico e uma imprensa local
que frequentemente ignora a complexidade dos fatos e as necessidades da
população em suas manchetes. Em um ambiente político onde o poder econômico e a
influência midiática são usados para reforçar uma suposta “normalidade” de
vitória incontestável, nossa missão como oposição é manter a resistência e
questionar, não apenas em nome de uma candidatura, mas da própria cidadania.
O
Papel da Imprensa: Fiscalizar ou Endossar?
A
imprensa tem, em uma democracia, o papel fundamental de fiscalizar e
investigar, em vez de apenas endossar os interesses de um governo. O editorial
parece assumir que os votos recebidos por nossos adversários validam
automaticamente os dados apresentados sobre a cidade e sua gestão, quando, na
verdade, o trabalho da mídia deveria ser o de questionar, contextualizar e
informar com precisão. Em momentos como este, em que dados são usados como
prova de êxito administrativo, a imprensa deveria estar aberta a ouvir e
investigar todas as partes interessadas, especialmente as vozes que representam
uma parcela significativa da população que, mesmo não majoritária, busca uma
cidade mais justa e transparente.
A
Demonização da Oposição e a Construção da "Normalidade"
Ao
afirmar que os derrotados deveriam “baixar a bola” e “respeitar a inteligência
do povo e da imprensa,” o editorial busca criar um ambiente de normalidade
artificial, onde não há espaço para críticas ou questionamentos. Em uma
democracia saudável, o papel da oposição é não apenas legítimo, mas necessário
para que o poder seja exercido de maneira equilibrada. É justamente esse papel
que o editorial tenta suprimir, como se uma derrota eleitoral desqualificasse
nossas ideias e o desejo de contribuir para o bem da cidade.
A
Falácia da "Estratégia Matadora"
O
editorial interpreta o termo “estratégia matadora” como uma promessa não
cumprida, ignorando completamente as condições adversas enfrentadas por nosso
coletivo ao longo da campanha. Em um ambiente onde o acesso à mídia e os
recursos econômicos são limitados para a oposição, a relevância de uma campanha
não se mede apenas pelo número de votos obtidos, mas pela capacidade de
mobilizar pessoas, fomentar o debate e plantar a semente de um futuro mais
justo. Enquanto continuamos a trabalhar por Suzano, rejeitamos a ideia de que a
vitória nas urnas confere uma verdade absoluta sobre a gestão da cidade.
A
Crítica e a Transparência dos Dados
No
blog PP Plebeu, acreditamos que questionar os dados públicos é um exercício de
cidadania. Nossa intenção nunca foi atacar a imprensa, mas sim trazer à tona
uma discussão sobre a transparência dos números que sustentam as manchetes. Ao
desqualificar nossa crítica, o editorial da Gazeta Popular perde a oportunidade
de fortalecer a própria democracia, pois uma imprensa aberta à discussão e à
investigação só contribui para a credibilidade de suas reportagens e para a
confiança dos cidadãos.
Por
Uma Oposição Responsável e Democrática
Nossa
resposta a este editorial é um chamado à imprensa e à população para que
enxerguem a importância de uma oposição crítica, que serve para questionar e
exigir transparência de todos os que ocupam o poder. Suzano merece um governo
que seja vigilante com a verdade, e uma imprensa que cumpra seu papel de
fiscalizar sem medo de ser questionada.
Seguimos
firmes na resistência democrática, na luta por uma cidade melhor, e na defesa
de uma imprensa que busque a verdade e sirva ao bem comum.
Tem
Luta!
Sigamos!
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