Crime Ambiental em Suzano-SP entra pela porta da frente da Diretoria de Habitação..

Crime Ambiental em Suzano-SP entra pela porta da frente da Diretoria de Habitação.. o último vestígio que havia da política pública implantada pelo governo democrático popular e participativo que conduziu a cidade de 2005-2012. Uma pena..

O aterro criminoso da APA do Rio Tietê é uma questão estrutural assim como o racismo estrutural. Ambos estão enraizados em sistemas e estruturas sociais que perpetuam desigualdades e discriminação sistemáticas.

A injustiça ambiental ocorre quando certas comunidades são desproporcionalmente afetadas por problemas ambientais negativos, como poluição, degradação ambiental e falta de acesso a recursos naturais e espaços verdes. O aterro da APA do Rio Tietê afeta as comunidades, que são negras em sua maioria, de baixa renda e historicamente marginalizadas. Essa disparidade não é um acidente, mas sim resultado de decisões políticas, econômicas e sociais que contribuem para a concentração de impactos ambientais prejudiciais nessas comunidades do governo fascista de Suzano-SP.

A decisão de dar cobertura, através da política habitacional, ao crime ambiental na APA do Rio Tietê, coloca à luz a discriminação sistemática que permeia as instituições do governo municipal e estruturas sociais que lhe dão sustentação, contribuindo para perpetuar a desigualdade com base na raça ou etnia. Isso inclui esta prática discriminatória em áreas de manancial que desconstrói as políticas de urbanização pensadas em um passado recente.

Embora as APAs sejam designadas para proteger o meio ambiente e seus recursos naturais, a implementação e os efeitos dessas áreas nem sempre são distribuídos de forma equitativa.

No caso de Suzano, a intervenção na APA para a retirada das famílias leva à exclusão e remoção da comunidade local que historicamente vive nessa área. Essa comunidade possui laços culturais, históricos e socioeconômicos com este lugar. Quando essa comunidade é deslocada e fica despossuída de sua habitação e sofre violência em seus direitos básicos, isso resulta em injustiças sociais e econômicas de grande consequência para estas famílias.

Quando a política pública é utilizada para atender o interesse de especuladores, de políticos desqualificados, de empresários inescrupulosos com ligação ao crime organizado, como ocorre em Suzano-SP, a sociedade precisa se organizar e dar um basta.

O ministério público precisa agir. A câmara de vereadores, obrigatoriamente deve se posicionar. As famílias ocuparam a área a mais de 30 anos. É obrigação do poder publico urbanizar o local. As famílias tem direito de posse adquirido. É o lugar onde moram, onde tiveram seus filhos e netos.

Agora, por conta de um acordo inconfessável, feito nos esgotos da politica bandida destes desajustados, especuladores e criminosos, querem tirar as famílias daquele lugar.

Um baita crime.

Assim como a matemática estava sendo usada como escudo para práticas corruptas, conforme denuncia Cathy O'Neail em  Weapons of Math Destruction , a política pública de habitação torna-se um escudo para defender, não o direito das familias, mas o interesse dos especuladores.

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