Quando a cidade vira as costas para a mata


Mogi das Cruzes é uma cidade que cresce. Condomínios surgem, bairros se expandem, asfalto chega. Mas a pergunta é: cresce pra onde e pra quem? E a natureza, cresce junto?

Na Estrada Rikio Suenaga, região de chácaras, condomínios e mata atlântica remanescente, o que deveria ser um território de cuidado e proteção virou depósito de lixo.

Entulho, sacolas, restos de construção e até resíduos domésticos estão sendo despejados às margens da estrada e, pior, dentro das nascentes que abastecem córregos da cidade. A cada saco preto jogado no mato, uma ferida se abre na terra.

A denúncia foi feita in loco, com registros em fotos e vídeos, mostrando o que muitos preferem não ver. Porque é mais fácil não ver. Mas não ver não resolve.

Esse cenário é estratégico para Mogi das Cruzes.

Estamos falando de um dos últimos corredores ecológicos da cidade, onde o verde resiste à pressão da urbanização descontrolada. Onde a água nasce, onde o solo respira.

Deixar esse espaço ser destruído é uma escolha.

E cuidar dele também é uma escolha.


Por isso, protocolamos ofício na Prefeitura cobrando providências urgentes:

  • Limpeza imediata da área;
  • Fiscalização com punição a quem descarta lixo irregularmente;
  • Campanha educativa com moradores e trabalhadores da região;
  • Implantação de um ponto legal de descarte, para evitar reincidência.

Se nada for feito, a cidade inteira perde. Porque quem destrói a nascente, destrói o futuro.

A Mata Atlântica não é lixão.

O meio ambiente não é resto.

A cidade não é só concreto: é também floresta, água e vida.




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