O apagão em São Paulo e as políticas de privatização são uma ameaça concreta e leva a cidade ao caos completo e a barbárie.



O apagão em São Paulo, cidade mais rica do sul global é preocupante dada a catastrofe que se avizinha. As políticas de privatização transferem para as forças privadas internacionais o controle sobre as riquezas naturais do Brasil e da América Latina. A energia é um bem estratégico para o desenvolvimento e para o combate às desigualdades. Porém se esse bens não forem tratados com políticas públicas de desenvolvimento sustentável, a economia ira continuar com suas assimetrias históricas e o processo de exclusão, individualização e desumanização chega, impreterivelmente,  a limites intoleráveis.

Esta reflexão sobre o apagão em São Paulo e as políticas de privatização faz um alerta importante. A transferência de controle de recursos estratégicos, como a energia, para forças privadas internacionais pode fragilizar o desenvolvimento soberano e sustentável, principalmente em países do sul global como o Brasil. 

a EDP (Energias de Portugal) é uma das maiores empresas de energia de Portugal, e atua globalmente, inclusive no Brasil. A empresa é uma das principais distribuidoras de energia elétrica, operando por meio da EDP Brasil, e está presente em diversos estados, como São Paulo e Espírito Santo. Além de distribuir energia, a EDP também está envolvida em "projetos de geração de energia", tanto a partir de fontes convencionais quanto renováveis, como eólica e solar.

A energia, além de ser um bem essencial para o cotidiano das pessoas, é vital para o desenvolvimento econômico, a industrialização e o combate às desigualdades.

Quando o controle de um recurso tão estratégico é privatizado sem garantias de regulação adequada ou compromisso com políticas públicas de desenvolvimento sustentável, o país se torna mais vulnerável às assimetrias históricas que mantêm a concentração de riqueza e poder. 

Como uma empresa privada, a EDP, assim como outras do setor, enfrenta limitações quanto à sua capacidade de investimento, que depende de fatores como a captação de recursos no mercado, a geração de lucros e a atratividade de projetos para investidores. Além disso, as empresas privadas no setor elétrico precisam equilibrar seus investimentos com a busca por retornos financeiros, o que restringe a alocação de capital em projetos de longo prazo ou com margens de retorno mais baixas, como alguns projetos de infraestrutura e energia limpa.

O desenvolvimento sustentável e a soberania energética, alinhados a uma política pública responsável, são fundamentais para garantir que o progresso seja distribuído de maneira equitativa e que o Brasil possa controlar suas próprias riquezas, preservando-as para o bem de sua população.

Um apagão em uma cidade como São Paulo destaca a importância de uma gestão estratégica dos recursos naturais, que também passa pela necessidade de fortalecer o papel do Estado e das políticas públicas na proteção desses bens. Sem essa base sólida, a economia vai continuar a reproduzir as desigualdades estruturais que historicamente atingem os países da América Latina, o Brasil e São Paulo.

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