DESPERTA SUZANO! Panfleto Poético de Conscientização Popular em Suzano
do Palco e do Padrinho
No
aniversário a cidade vira palco,
Com luz, fogão, fogos e celebridade.
Mas por trás da cortina e do estalo,
Há contrato, vaidade e falsidade.
A firma
paga, mas não por bondade:
É a mesma que limpa ou asfalta o asfalto.
O “presente” é dívida disfarçada,
Com lucro certo e povo feito de salto.
Quem
dança nesse palco, dança por quem?
O povo aplaude, mas sem hospital.
O som explode, mas e o bem comum?
No fim,
é festa pra manter o mal.
Mas a verdade — teimosa como ninguém —
Canta mais alto e chega como um tamborim.
"Se
a festa é luxuosa, o povo desconfia —
quem paga o artista, esconde a covardia!"
da
Traição Silenciosa
De um
sonho antigo feito em mutirão,
Surgiu um grupo com raiz no chão.
Mas veio a fome, o cargo, a tentação,
E a base ruiu sem revolução.
Marcelo
foi abrigo e horizonte,
Mas viu seu povo ser cooptado aos poucos.
Calaram as ideias, secaram a fonte,
Ficaram só sorrisos falsos e roucos.
A
oposição virou quase memória,
Quem não vendeu-se, luta na escória,
Mas segue firme, reerguendo a história.
E o
povo, que não esquece a sua dor,
Começa a abrir os olhos — e o tambor —
Pra fazer da esperança o seu motor.
do Castelo
de Areia
Na terra
onde o poder se fez negócio,
Um seis-vezes-derrotado ergueu seu chão,
E ao som do PL e seu feroz rebanho,
Forjou-se a farsa, a fraude, a ilusão.
De
prometer alça ao povo fez escada,
E de hospital, um nome sem função.
Obra inacabada? Vira piada
Na propaganda e na corrupção.
Mas o
tempo não cala as multidões,
Nem festa apaga a dor do abandono.
Empresas pagam shows, não as razões.
Suzano
pede luz, pede retorno.
Pois há quem lute em meio à escuridão,
Com verso, com coragem e com sonho.
da
Alça Prometida
Prometeram
alça como quem dá pão,
Com fome e pressa, o povo acreditou.
Mas veio a máquina e só fez chão,
De obra oca, só o anúncio sobrou.
Disseram:
"é do Estado", e se lavaram.
Depois: "a culpa é da empresa, da União!"
E os anos, como carros, atropelaram
O sonho preso na marginal do Ilusão.
Quem
paga o asfalto que não se estende?
Quem crê no voto que só mente e some?
A ponte que não chega é quem nos prende.
No jogo
sujo, Suzano perde o nome.
Mas há quem conte a história de verdade,
Com verso afiado e sede de cidade.
da
Saúde Fantasma
Na placa
o nome: "Retaguarda, Hospital!"
Na rua, a dor: remédio só no grito.
Quem adoece escuta o discurso oficial
Enquanto sangra no vazio do mito.
Chamaram
imprensa, tiraram foto.
"Aqui é futuro!" — gritou o prefeito.
Mas nada passa de um capricho roto,
Um prédio oco, um gasto sem efeito.
E a mãe
que espera vaga com seu filho?
E o idoso que sofre sem remédio?
Não cabem no comercial do brilho.
A saúde
é rima de um verso sério.
Não se cura com anúncio nem bandeira.
Só com verdade, povo e resistência inteira.
de
Confronto e Conscientização
"Se
a festa é luxuosa, o povo desconfia —
quem paga o artista, esconde a covardia!"
"Obra
fantasma, promessa no ar —
Suzano cansou de esperar!"
"Enquanto
a saúde padece calada,
tem político fazendo farra com a grana desviada!"
"Com
alça, com arena ou sem construção —
mentira não enche prato nem coração!"
"Querem
calar o povo com luz e balão —
mas a verdade explode no clarão do povão!"
"Dez
anos no trono, nenhum legado —
é governo de vento, no fundo, comprado!"
"A
cidade é do povo, não da panelinha —
chega de escândalo atrás da cortina!"
"Do
lado do povo, sem medo e sem freio —
a verdade não dá dancinha no som do alheio!"
Fora
da mentira, nasce a consciência. No meio da poeira, floresce a resistência.
Tem
Luta!
Sigamos!!
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