Eleições de 2024 e seu impacto nas Américas.

O Brasil e os EUA terão eleições em 2024. Majoritária lá e municipais aqui. Os desafios para os novos governantes permanecem. As diferenças e desiquilíbrios sociais entre as culturas e entre os povos precisam ser superadas. Temos muita gente vivendo na pobreza e muita  gente passando fome, vivendo em vulnerabilidade e na miséria.  As grandes distâncias são superadas com a velocidade das comunicações e das transações pelo uso das modernas tecnologias. O hábito das pessoas tem mudado. No médio prazo transformará culturas. A  justiça social e a criação de novas e dignas perspectivas para trabalhadoras e trabalhadores é necessário e continua sendo um desafio nesse século. Esta  realidade obriga que nossos processos de produção e de organização política sejam capazes de garantir simetria  máxima nas relações humanas e nos processo de construção social.  Superar as assimetrias, muitas delas agravadas pelo  sistema de produção capitalista e pelas políticas que o sustentam é necessário.

É verdade que os desafios sociais e econômicos enfrentados pelo Brasil e pelos EUA, bem como por muitos outros países ao redor do mundo, são significativos e exigirão atenção contínua dos governantes. A pobreza, a fome e as desigualdades sociais são questões complexas que afetam milhões de pessoas. A transformação cultural impulsionada pelas tecnologias modernas e pela globalização pode ser uma oportunidade para promover mudanças positivas na sociedade, mas também traz consigo desafios, especialmente quando se trata de garantir que essas mudanças se traduzam em benefícios para todos, sem aumentar as disparidades.

A busca pela justiça social e a criação de novas perspectivas dignas para trabalhadores são metas para 2024 e os próximos governos. Pelo menos deveria ser. Isso envolve não apenas a garantia de oportunidades econômicas e acesso a recursos, mas também a promoção de condições de trabalho justas e a garantia de que as políticas públicas abordem as desigualdades e trabalhem firmes para extirpar suas causas.

A simetria máxima nas relações humanas e nos processos de construção social é um desafio, especialmente quando consideramos as estruturas existentes, como o sistema de produção capitalista. A necessidade de superar assimetrias exige uma abordagem cuidadosa, corajosa e estratégica, equilibrando o crescimento econômico com a responsabilidade social e ambiental e enfrentando as forças que vivem da opressão e da apropriação dos bens públicos e naturais em benefício de poucos.

Nas eleições de 2024, é crucial que os eleitores considerem candidatos comprometidos com a equidade, a justiça social e a abordagem responsável dos desafios contemporâneos. Além disso, a participação ativa da sociedade civil e organizada, o envolvimento comunitário e a pressão por políticas progressistas são fundamentais para impulsionar a mudança que o Brasil, os EUA e o mundo precisa. A construção de um futuro mais equitativo e sustentável exige a colaboração entre governos, setor privado, organizações não governamentais e a população em geral. A conscientização, a educação e a promoção de valores que visem ao bem-estar coletivo são peças-chave nesse processo, além é claro da politização de todos nós de modo mais profundo e cada vez mais humanizados.

Neste sentido grande nomes  da construção do conhecimento humano como  Emmanuel Kant, Karl Max, Michel Foucault, cada um dentro de suas perspectivas defenderam a liberdade, o direito das pessoas e a construção da justiça social. O que esses pensadores nos  diriam hoje sobre a importância deste momento?

Não é  empolgante imaginar como pensadores como Immanuel Kant, Karl Marx e Michel Foucault, cada um com suas perspectivas distintas, abordariam os desafios e as eleições contemporâneas? Vamos dar um palpite sobre algumas possíveis interpretações, lembrando que estas são apenas especulações, uma vez que esses filósofos não estão mais vivos para expressar opiniões sobre eventos atuais.

Kant acreditava na autonomia moral e na liberdade individual, e esses princípios se estendem ao seu entendimento sobre a participação política.

Certamente defenderia a importância de eleições justas, onde os cidadãos possam expressar livremente sua vontade. O processo democrático, em sua visão, deveria ser transparente e baseado na razão. Kant poderia ressaltar a necessidade de um diálogo contínuo na construção de costumes e normas, envolvendo a participação ativa de todos os membros da sociedade.

É possível que a paz também seria um elemento fundamental em sua abordagem. Kant propôs a ideia da "paz perpétua", argumentando que a paz duradoura só seria possível através de instituições republicanas, direitos universais e cooperação internacional. Assim, ele poderia destacar a importância de líderes comprometidos com a promoção da paz e da justiça em suas políticas. A visão de Kant sobre a política e a sociedade certamente incorporaria a defesa da liberdade individual, da moralidade, do diálogo contínuo na construção de normas e da promoção da paz como elementos essenciais para uma ordem social justa e sustentável.

Marx argumentaria, com certeza, que as eleições deveriam ser oportunidades para a classe trabalhadora reivindicar seus direitos e melhorar suas condições de vida. Ele enfatizaria a importância de eleger líderes que estejam comprometidos em transformar a estrutura econômica e social para beneficiar as classes menos privilegiadas. Certamente ressaltaria o protagonismo da classe trabalhadora no processo de construção da justiça social, pois via a classe trabalhadora como um agente de mudança fundamental, capaz de redefinir as relações de poder e promover uma sociedade mais igualitária.

Portanto, em uma análise marxista, as eleições seriam vistas como uma arena na qual a classe trabalhadora pode exercer sua influência política para buscar uma transformação significativa na distribuição de recursos e poder na sociedade. O engajamento ativo e consciente da classe trabalhadora seria crucial para avançar em direção a uma ordem social mais justa.

Michel Foucault, em suas obras, concentrou-se nas dinâmicas de poder, nas instituições governamentais e na sociedade em geral. Ele alertaria para a importância de uma vigilância cidadã ativa, especialmente para evitar abusos de poder, como no exemplo de Suzano-SP (2015-2023). Ele seria crítico em relação a práticas disciplinares opressivas e destacaria a necessidade de políticas que respeitassem a liberdade individual. Sua obra examina como as instituições podem exercer controle e influência sobre os indivíduos, e ele certamente encorajaria a resistência a formas de poder que violam os direitos individuais.

A ênfase de Foucault nas pequenas relações e nas tarefas cotidianas reflete sua crença de que o poder não está apenas nas estruturas macro, mas também nas interações diárias. Ele valorizaria a participação de todas as pessoas na tomada de decisões e na criação de políticas, reconhecendo que as práticas de poder podem se manifestar nos detalhes aparentemente triviais da vida cotidiana.

Concluindo podemos ver a importância das eleições municipais no Brasil e majoritárias nos EUA, nossos pensadores, todos, ressaltam a importância de escolhas políticas que busquem a justiça social, a igualdade e a proteção dos direitos fundamentais. Destacam a necessidade de líderes que compreendam a complexidade dos problemas sociais e econômicos e que busquem soluções fundamentadas em princípios éticos e morais. Todavia eles não estão mais aqui para opinar e esse trabalho e essa decisão daqui pra frente é nossa. Na verdade tem luta, muita luta. Cabe a nós enfrentarmos, resistirmos e construirmos.   .

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