Ousadia e infinito: um resumo de vida e vivência.


Toda vez que lemos um livro, visitamos um lugar pela primeira vez ou voltamos, após algum tempo a revisitar lugares e relações, o nosso ser (ente) é bombardeado por novas informações e novas impressões que, junto com aquilo que já temos armazenado em nosso "disco rígido", o conjunto de entendimentos, expectativas e até hipóteses se multiplicam, ganham novos volumes e novos contornos, rompendo limites anteriores, com relação ao que já sabíamos e imaginávamos.

Obviamente "estes processos" podem acontecer em períodos que muitas vezes não são lineares, pois nossa capacidade de visitar memórias, que são fotografias de um passado e nossa capacidade de imaginar coisas, planejando ou organizando processos que irão ocorrer em um tempo seguinte é extremamente rico e carregado de raciocínios, análises e novas definições que, caso escrevêssemos esta dinâmica e estes fenômenos todos, um livro por hora seria produzido, uma obra de arte a cada segundo seria concebida. 

Dentre estes fenômenos que ocorrem dentro de nós carregado de raciocínios, imaginações, emoções e devaneios, uma marca indelével permanece: nosso modo de humanizar e fazer acontecer a partir de nós, cada um de nós, uma experiência e uma concretude que, na verdade, é a própria vida. Estes ínfimos "espaços de tempo" e de "vivencia", de tão belos e carregados de realidade que são, caso os empacotássemos, a embalagem para caber tamanha energia, teria que ser em um lugar chamado de "instante eterno e infinito", pois somente em um lugar como este poderíamos encapsular estes ínfimos atos e fenômenos poderosos que, na verdade, é a própria vida. 

De certo modo a experiência da vivência é algo que só pode funcionar de infinito em infinito, de eterno em eterno, o que acaba nos colocando em uma escala de êxtase tão grandiosa que sequer podemos senti-la, quanto mais descrevê-la. Só podemos imaginá-la. Quando fazemos isto, nos tornamos em ato, plenos de vida e abundantes e transbordados de infinita humanidade. Como se todo o cosmos estivesse em  nosso interior e todo nosso interior fosse o próprio cosmos, de intensa energia e totalidade de tempo. Para descrever em termos de substância esta realidade, o que mais me vem a mente é que, cada um de nós, somos a cada ínfimo instante, buracos negros de uma existência que existe em si mesma.

Neste sentido é importante e necessário considerar que tudo isso é bom. Talvez a maior experiência estética que podemos ter e sentir, diante do belo, do máximo do máximo, é o instante eterno e infinito daquilo que seremos um dia e já somos: o próprio viver.

Por isso, vai tomar no @#, não há espaço para o ódio.

Tem Luta!!
Sigamos!!

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