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Mostrando postagens de novembro, 2024

Tecnologia e Soberania: O Papel dos Partidos Progressistas na Construção de uma Economia Digital Responsável

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Partidos progressistas, comprometidos com a defesa da democracia, da justiça social e da pluralidade, desempenham um papel central na promoção da soberania tecnológica. Esse compromisso vai além da defesa do acesso à tecnologia: é sobre garantir que a economia digital seja integrada ao território, gerando benefícios locais e promovendo o bem-estar coletivo. Para isso, cabe aos partidos formularem políticas robustas e mobilizarem tanto governos quanto grandes empresas a se engajarem em uma economia digital comprometida com o desenvolvimento justo e sustentável.   O Papel dos Governos e das Empresas na Economia Digital O investimento em tecnologia é uma responsabilidade compartilhada entre governos e empresas que atuam no território. Governos têm a capacidade de orientar o desenvolvimento de setores estratégicos, como a tecnologia, com políticas públicas que incentivem a produção local, o desenvolvimento de mão de obra qualificada e a pesquisa científica. Empresas responsáveis, por s

O Mercado de Processadores em Ebulição e a Importância Estratégica dos Chips para Governos e Países

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O mercado de processadores e semicondutores está em uma fase de rápida transformação. Empresas, países e até alianças internacionais investem intensamente em suas próprias indústrias de chips e semicondutores, vislumbrando o impacto estratégico que essas tecnologias podem trazer para as economias e a segurança nacional. A supremacia no setor de semicondutores, anteriormente dominada por algumas poucas corporações e nações, está sendo desafiada por novos players e avanços tecnológicos que tornam o mercado de processadores um campo de competição global.   Por que os Chips São Estratégicos? Semicondutores e microprocessadores são a base de todas as tecnologias digitais modernas, desde servidores de datacenters que mantêm serviços em nuvem até dispositivos como smartphones, veículos autônomos e supercomputadores usados em pesquisa científica e inteligência artificial. Para os governos, dominar a produção ou, pelo menos, ter independência tecnológica em chips não é apenas uma questão ec

A Arte e Guilherme Boulos: Um Convite ao Olhar Crítico sobre a Realidade Social

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A Arte e Guilherme Boulos: Um Convite ao Olhar Crítico sobre a Realidade Social   Roseli Paulino e nosso Blog, em seus textos, oferecem análises críticas e mobilizadoras, trazendo à tona realidades sociais que exigem nosso olhar atento. Em seu blog *Arte & Artistas*, Roseli Paulino analisa a obra "Segunda Classe", de Tarsila do Amaral, criada em 1933. Na pintura, Tarsila retrata famílias brasileiras em uma dura travessia do campo para a cidade, uma busca por oportunidades que revela o outro lado da modernização: o desamparo e a precariedade enfrentados pelos trabalhadores. Roseli destaca como Tarsila expôs, através dessa obra, uma crítica ao capitalismo, que frequentemente cresce às custas da classe trabalhadora, mantendo-a em condições de exploração e marginalização. Em um paralelo contemporâneo, Rosenil Barros Orfão, no blog *PP Plebeu, um tributoà irreverência* , utiliza a metáfora da "cadeira azul" — mencionada em uma entrevista de Guilherme Boulos a M

Resposta ao Editorial: A Importância da Crítica e da Resistência Democrática

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No período pós-eleitoral, em que a derrota de nosso coletivo de esquerda é usada como argumento para desacreditar e desqualificar o trabalho de oposição, sentimos a necessidade de responder ao editorial publicado pelo jornal Gazeta Popular, assinado por Brás Santos. Mais do que uma crítica pontual, o editorial de Santos busca, com tom imperativo, rebaixar nossa postura crítica, pedindo que “baixemos a bola” e aceitemos “a inteligência do povo e da imprensa” como verdades inquestionáveis. Nosso compromisso com Suzano e com a democracia exige que respondamos a essas tentativas de silenciamento. É importante lembrar que enfrentamos, ao longo do processo eleitoral, forças poderosas — o uso da máquina pública, o poder econômico e uma imprensa local que frequentemente ignora a complexidade dos fatos e as necessidades da população em suas manchetes. Em um ambiente político onde o poder econômico e a influência midiática são usados para reforçar uma suposta “normalidade” de vitória incontest

Suzano-SP: Dados Públicos ou Dados Manipulados?

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Nos últimos dias, tres veículos de comunicação local, Jornal Oi,   Gazeta Popular e Diário de Suzano , divulgaram uma série de matérias sobre o desempenho de Suzano-SP no ranking "Desafios da Gestão Municipal", elaborado pela consultoria Macroplan . Ambos os jornais destacaram que Suzano seria a cidade "melhor posicionada da região" e enfatizaram especialmente os avanços na segurança pública . No entanto, uma análise mais aprofundada dos dados e do contexto revela uma interpretação que pode distorcer a real situação do município, especialmente ao comparar Suzano com cidades menores e ignorar desafios importantes. 1. O Contexto da Comparação: População e Critérios O estudo da consultoria Macroplan inclui apenas os 100 municípios brasileiros com mais de 200 mil habitantes. Em nossa região do Alto Tietê, apenas três cidades atendem a esse critério: Suzano , Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba . Apesar disso, as manchetes locais sugerem que Suzano é "a melhor c

Suzano-SP: Dados Públicos ou Dados Privados? A Verdade por Trás dos Indicadores do Município

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Recentemente, a cidade de Suzano foi destacada na imprensa local como uma das 25 melhores cidades do estado de São Paulo em termos de qualidade de vida, com base em um estudo da consultoria privada Macroplan. Embora esse reconhecimento possa parecer positivo, surge uma questão importante: esses dados refletem, de fato, a realidade de Suzano? Ao analisarmos as informações, notamos que as fontes utilizadas pelo governo e divulgadas pela imprensa local não foram devidamente validadas com dados oficiais de órgãos como o IBGE, DATASUS e o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Em alguns casos, como no índice de esgoto tratado, os dados divulgados pela consultoria contrastam com a realidade percebida pela população. Esses contrastes revelam a importância de utilizar informações confiáveis e oficiais para representar a realidade local com precisão.  Por que a Checagem e a Transparência são essenciais? Divulgar dados precisos não é apenas uma questão técnica, mas um compr

Boulos e a Caneta Azul: A Importância de Dizer o Óbvio

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Em um mundo onde a realidade pode ser distorcida pelas narrativas hegemônicas, lembrar e reafirmar o óbvio se torna um ato revolucionário. Esta reflexão surge a partir da metáfora usada por Guilherme Boulos em sua entrevista à jornalista Mônica Bérgamo e da análise de um símbolo cultural improvável: a caneta azul, eternizada na música de Manoel Gomes. Boulos, ao mencionar a metáfora da cadeira de praia – que é repetidamente dita como verde quando, na verdade, é azul – toca em um ponto crucial da política contemporânea: a manipulação das percepções coletivas. Se apenas um lado do discurso é ouvido, por mais irreal que seja, ele passa a moldar a compreensão popular até que uma mentira se torne uma "verdade" incontestada. Para contrapor isso, é essencial que alguém tenha a coragem de apontar a realidade e dizer: "Desperta! Essa cadeira é azul". De forma semelhante, a caneta azul na música de Manoel Gomes representa algo autoevidente. Todos reconhecem a cor e sabem que

Privatização em Suzano e São Paulo: Uma Ameaça aos Direitos, à Política Pública e à Democracia

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O momento que vivemos exige a defesa enfática dos direitos civis e do direito à saúde pública, pilares de uma sociedade justa e democrática. No entanto, em São Paulo, sob a liderança do governador Tarcísio de Freitas, testemunhamos um movimento preocupante de liquidação do patrimônio público que ameaça esses direitos fundamentais. A recente privatização da SABESP e das linhas de metrô, e agora a proposta de venda de escolas públicas, caminham na contramão do que aprendemos com a experiência internacional e o próprio desenvolvimento dos países que reverteram essas políticas após resultados desastrosos. O que está em jogo é muito mais do que apenas infraestrutura e números econômicos; é o futuro do acesso universal aos serviços essenciais. A privatização de serviços estratégicos e básicos, como a água e o transporte, já mostrou, em diversos países, seu custo social elevado: tarifas inacessíveis, diminuição da qualidade dos serviços e a exclusão das populações mais vulneráveis. Porém

Suzano-SP em perigo. A falta de Participação Social e Retrocessos Recentes: Desafios e Perspectivas para o momento Atual

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O Brasil possui um arcabouço legal significativo que promove a participação social, a transparência e o controle público, incluindo a Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Estatuto da Cidade e as normativas do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a implementação prática dessas políticas enfrenta desafios crescentes, especialmente em um contexto marcado pelo avanço da extrema direita e por políticas que enfraquecem os pilares democráticos e sociais do país.   Avanços Legislativos e o Ideal de Participação Desde a redemocratização, o Brasil consolidou leis que visam a inclusão da sociedade nos processos decisórios e o fortalecimento do controle social. Os conselhos municipais, a Lei de Transparência e a Lei de Acesso à Informação são exemplos de mecanismos que garantem à população o direito de acompanhar e influenciar as políticas públicas. Na teoria, esses instrumentos formam uma base sólida para a promoção de uma governança democrática e plur

A Nova Era da Compreensão: Realidade, Arte e Política na Era Digital

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A Nova Era da Compreensão: Realidade, Arte, Religião e Política na Era Digital Vivemos em um tempo em que a realidade, como a entendemos, é constantemente reformulada e reinterpretada pelas novas tecnologias. O mundo análogo dos computadores e redes sociais, em conjunto com a arte, o cinema e a literatura, não apenas espelha a realidade, mas a recria, desafiando e expandindo as fronteiras do que significa compreender o mundo em que vivemos. Essa capacidade de inversão e reconstrução da realidade — onde as representações digitais transcendem a mera reprodução e se tornam novos espaços de experiência e sentido — destaca a necessidade urgente de fortalecermos nossa capacidade de compreensão. A arte e a literatura, por exemplo, há muito têm servido como instrumentos para sondar as profundezas da condição humana, mas, com o advento das tecnologias digitais, esses meios ganham novas dimensões. O cinema, agora imerso em realidades aumentadas e ambientes virtuais, se tornou um laboratório