O planejamento urbano em Suzano-SP é conivente com práticas criminosas e ofensivas ao direito das comunidades que moram no entorno da APA do Rio Tietê.



O planejamento urbano moderno tem como objetivo a organização e o desenvolvimento sustentável das áreas urbanas, levando em consideração os aspectos sociais, econômicos e ambientais. No caso específico do aterro da APA do Rio Tietê, o planejamento urbano moderno poderia oferecer abordagens e diretrizes para lidar com essa questão e prevenir danos irreversíveis ao meio ambiente. 

O Governo local, se tivesse um orgão de Planejamento urbano, deveria enfatizar a importância da proteção e conservação dos recursos naturais, como ecossistemas, áreas verdes, rios e corpos d'água. Seria essencial que o aterro de inertes fosse considerado uma atividade inadequada dentro da área da APA, levando à necessidade de sua realocação ou à implementação de medidas rigorosas de mitigação ambiental.

Mas a ausência de uma política urbana que possa buscar o ordenamento territorial adequado, com o estabelecimento de zonas e limites para diferentes tipos de atividades, incluindo a definição de áreas destinadas à preservação ambiental e à proteção de ecossistemas sensíveis. No caso da APA do Rio Tietê, seria fundamental estabelecer restrições e regulamentações claras para evitar a instalação de aterros ou atividades degradantes dentro da área.

Todavia um governo que recusa a participação ativa da sociedade no processo de tomada de decisões e não envolve a comunidade local, grupos ambientalistas e especialistas no planejamento e monitoramento das ações relacionadas ao aterro de inertes fica conivente e refém de atividades predatórias e a mercê da especulação imobiliária. 

A participação pública poderia ajudar a garantir que as preocupações ambientais fossem levadas em consideração e que houvesse transparência e responsabilização nas decisões tomadas.

Mas um plano de governo predador do espaço e orientado para a acumulação de alguns poucos, não promove o desenvolvimento sustentável, nem busca o equilíbrio entre o crescimento econômico, a qualidade de vida das pessoas e a preservação ambiental. 

Seria necessário encontrar alternativas para o gerenciamento adequado dos resíduos inertes, como a implementação de políticas de reciclagem, a adoção de tecnologias de tratamento adequadas ou a busca por locais apropriados fora de áreas de proteção ambiental.

Um planejamento urbano moderno enfatizaria a importância do monitoramento e da fiscalização das atividades urbanas para garantir o cumprimento das regulamentações e evitar práticas ilegais ou prejudiciais ao meio ambiente. Fortaleceria a fiscalização e a atuação dos órgãos competentes para garantir que o aterro de inertes esteja em conformidade com as normas ambientais.

Porém o planejamento urbano em Suzano-SP é conivente com práticas criminosas e ofensivas ao direito das comunidades que moram no entorno da APA do Rio Tietê. Não oferece ferramentas e abordagens para lidar com questões ambientais complexas, como o aterro de inertes em áreas de proteção ambiental. Tampouco busca integrar a proteção do meio ambiente, o desenvolvimento urbano sustentável e a participação da comunidade, com o objetivo de prevenir danos irreversíveis ao meio ambiente e garantir uma qualidade de vida adequada para as pessoas que habitam essas áreas.

Por conta disso realidades como estas, mostradas nas fotos, ocorrem no território da cidade.










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