Telebrás quer chip do Ceitec para faixa de 450 MHz

O Ceitec, a empresa pública de semicondutores, começou a desenvolver um chip que usará a tecnologia WiMax na faixa de 450 MHz com foco no Plano Nacional de Banda Larga e, particularmente, em uma negociação que envolve a Telebrás e fabricantes nacionais de equipamentos.

Essas negociações avançaram ainda no ano passado e agora só dependem do tamanho do apetite de fabricantes como Asga, Parks e Gigacom para dimensionar o projeto – a posição das empresas deve ser definida em uma reunião prevista para acontecer nesta semana em Porto Alegre-RS.

A lógica é usar o poder de compra da Telebrás para incentivar os fabricantes nacionais a apostarem no chip e desenvolverem produtos com a configuração que usa as qualidades da faixa de 450 MHz para levar as conexões em banda larga para fora dos grandes centros urbanos.

O Ceitec ainda evita detalhar o projeto, no aguardo da nova conversa com as empresas. Mas a maior interessada, a Telebrás, confirma o papel de comprador final. “Vamos entrar com as encomendas e assegurar mercado para esses equipamentos”, diz o presidente da estatal, Rogério Santanna.

O desenvolvimento já começou, inclusive com a contratação de pessoal pelo Ceitec. Até setembro, a expectativa é de que a “sala limpa” da empresa pública esteja pronta, que a produção comece em 2012 e os equipamentos estejam disponíveis em dois anos e meio. O cronograma também faz parte da negociação para casar com metas do PNBL.

O uso da faixa de 450 MHz é tratado como solução ideal para garantir conexões na área rural ou mesmo em cidades menores. Com o WiMax, uma antena pode levar o sinal a um raio de 60 km, o que reduz os custos com infraestrutura. No lado dos consumidores, a expectativa preliminar é de que modems com esse chip custem cerca de R$ 200.

Sob medida
A negociação em curso sinaliza que são boas as chances de a faixa de 450 MHz ficar com a reestruturada estatal. No início de dezembro, quando aprovou as regras de canalização da radiofrequência, a Anatel já tinha conhecimento das conversas entre a Telebrás, o Ceitec e as fabricantes nacionais.

No regulamento dos 450 MHz, a agência previu a possibilidade de os blocos de 7+7 MHz desta faixa serem atribuídos pela via do chamamento público, podendo, portanto, caber a algum ente estatal a tarefa de cumprir com os objetivos de ampliação do acesso à internet no interior do país.

fonte: Convergência Digital

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