À caminho de Deus, no caminho da vida.


A experiência religiosa, milagrosa, sobre natural ou até mesmo a supersticiosa, guardadas as devidas diferenças, nunca precisam ser ensinadas. Cada um(a) a entende, à sua maneira ou coletivamente. Das culturas mais elementares às mais complexas isto é um fato inquestionável. Visitar os acúmulos obtidos nas ciências, nas filosofias e nas teologias sobre tal questão é uma empreitada, mesmo que difícil e as vezes demorada, qualquer um de nós poderia desenvolver e constatar.


A necessidade de infinito de cada um(a) é o principal motor desta busca: por-se à caminho de Deus ou algo que, respeitosamente, entenda como tal. O que é extremamente humano, necessário, adequado, fundamental, legítimo, corajoso, desafiador, amedrontador, clarificador, construtor e utópico.

O caminho da vida de cada um(a) é o fio condutor desta caminhada que, ao seu tempo, se traduz irremediavelmente em uma conquista. Se positiva ou negativa é o objeto desta reflexão.

A caminho de Deus no caminho da vida. É tão obvio como também misterioso, confuso e complexo dependendo de nossa maneira de viver, pensar, agir, responder, questionar etc..

A começar pelo significado de Deus. Foi até agora, na história da humanidade, impossível construir um consenso sobre esta questão. Mesmo na época hegemônica do “Téo”, que a meu ver ainda o é, pelo menos para a grande maioria “dos criancinhas”, não se avançou. Apenas evoluiu para colocar Deus, através da fé, na dimensão do privado e do particular (homem, mulher, igreja, entidade, organização, etc..); Ainda bem.

Onde isto ainda não aconteceu, nos estados teocêntricos, majoritariamente os do Deus islâmico, percebemos que desequilíbrios para estar a caminho de Deus no caminho da vida são mais evidentes, brutos, violentos, desumanos, desencorajadores, (des) construtores, desnecessários, inadequados e, ilegítimos. (Não podemos nunca generalizar. Apenas para exemplificar).

Mas o verdadeiro caminho para a construção plena de nossa humanidade parece que conseguimos amadurecer nestes últimos, digamos dois mil anos. O presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, tem afirmado, e agora com muito mais força, já que ele é “o cara”, que o caminho é a política.

Agora vivemos o tempo da política. Entre outras coisas significa que não é o tempo da guerra, não é o tempo da ciência, não é o tempo da economia e nem da religião.

Lógico que tudo isto é, e continuará extremamente importante, exceto as guerras, para a construção coletiva de nossa história. Contudo o fio condutor, o caminho possível de se percorrer se dá na estrada pavimentada pelo fazer, pensar, agir político de todos. Dos atores mais importantes, que ocupam as mais delicadas funções no arcabouço de organização dos diversos modelos sociais dos povos, até o mais humilde e simples homem e mulher de nosso tempo.

O pensar e agir político deve fazer parte de todas as ações coletivas: escola, trabalho, governos, etc. Não se deve economizar na politização das coisas.

O mundo, principalmente nosso país, precisa recuperar o tempo que ficamos a margem do direito de podermos agir politicamente.

Não dá para delegar ao “capeta” ou “ao diabo” a responsabilidade das coisas equivocadas e erradas que se cometem. A racionalidade humana tem agora, como nunca na história, a possibilidade de apoderar-se melhor das realidades que se colocam em nossa frente, enfrentar o desafio de se construir identidades: individuais ou coletivas; morais e éticas. Não interessa muito.

A verdade é um doce experimento que agora se é possível alcançar, apropriar-se, fazer que faça parte de tudo e de todos. Tudo isso a caminho da vida e até de Deus. Inclusive sem o medo de ter de matá-lo de novo.

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